segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Duas Borboletas

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Um comentário:

  1. Eu não sei exatamente como começou. Me lembro vagamente da primeira vez, da Ana acho que foi sempre, aqueles pensamentos "Se eu não almoçar hoje, vou emagrecer, se eu emagrecer, vou ficar mais bonita". A primeira vez, da Mia, nojo. Era tudo o que eu sentia, nojo de mim, da comida, de estar debruçada no vaso com uma escova de dentes na garganta.
    Eu sempre soube que eu tinha que ser magra, porque as pessoas bonitas eram magras. Mais chegou um dia em que eu deixei de querer ser magra só por isso, era uma questão de honra para mim. Era pra ser assim. Ser magra. Ás vezes é tão dolorido, ás vezes a vontade de desistir é muito grande, é tão mais fácil se render, deixar de lado, só comer.
    Mais não é. Não pra mim. Nunca foi. Eu nunca consegui na minha vida colocar um garfo na boca e não pensar no trajeto que aquilo faria até virar gordura no meu estômago, já me perguntei tantas vezes se tem como ser diferente, mais não tem. A certeza que eu tenho sendo uma Ana (raramente Mia), é que não é fácil, mais que nada é fácil na vida, e ela, a Ana, vai ser sempre a mais sincera comigo, e é ela quem eu devo ouvir, é ela quem nunca vai me deixar, é ela que vai se orgulhar de mim quando eu for magra, quando eu chegar na nossa meta, no nosso limite, na nossa espécie de "perfeição".

    Bruna
    http://sousmpassim.blogspot.com.br/

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